sábado, 25 de novembro de 2017



Roberto Oliveira – coração carioca

Conheci Roberto Oliveira em 2005, no Rio de Janeiro. Ele me recebeu com um churrasco, que fazia todo domingo, como carioca da gema que era. Afetuoso, dono de raro senso de humor e inteligente, Roberto cativava as pessoas logo no primeiro contato. Assim aconteceu comigo, quando ele e minha tia, Aldenir Julieta Costa Oliveira (com quem era casado), receberam-me ao lado de minha esposa, Graça Martins, e Larissa Beatriz, nossa filha menor.

Com a influência de quem viveu boa parte da vida na Barra da Tijuca, Roberto vivia a cultura do Rio, tinha gosto pela leitura e pela música de qualidade. Diariamente lia os jornais cariocas e gostava de debater os assuntos do RJ e do País. Observava atentamente e analisava os acontecimentos políticos e administrativos do País e da cidade onde viveu e trabalhou durante muitos anos.

Em virtude do casamento com a minha tia e após a aposentadoria, mudou-se para governador Dix-sept Rosado, onde permaneceu nos anos recentes. Em pleno sertão, procurou manter os hábitos cultivados no Rio. Uma das primeiras coisas que fez foi assinar um jornal para a leitura diária. Escolheu o “Jornal de Fato”, de Mossoró. Aos domingos, ouvia cantores da música brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Elis Regina, entre outros. E, claro, enquanto a saúde permitiu, mostrava o talento na preparação de suculentos churrascos, pois conhecida cada tipo de carne.

Acometido de diabetes há algum tempo, Roberto sofreu um infarto neste ano e teve o estado de saúde agravado, mudando a rotina de vida. Mas, mesmo tendo sofrido muito com as enfermidades, segundo tia Aldenir, ele não costumava reclamar. Ao contrário, tentava mostrar a todos que estava bem. Na quinta-feira, dia 10 de maio, sentiu uma forte dor e não suportou sua intensidade. O coração do homem bondoso, alegre e feliz, parou de bater. 

Agora, fica na lembrança e memória de Roberto Oliveira, que, enquanto viveu, compartilhou muito amor com as pessoas que tiveram o privilégio da sua convivência.



 Escrito por Paulo Martins às 22h45

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