27/06/2009 |
A escritora Ângela Gurgel escreve sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, contrária à exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
DIPLOMA, PARA QUÊ?
(Ou uma conversa que não aconteceu...)
Senhor Ministro do Supremo Tribunal Federal, o senhor está certo, diploma não é sinônimo de qualidade profissional. É fato. Ser diplomado não é garantia de competência. Também é fato. E contra fatos não há argumentos. Certo? Errado. A vossa decisão, pondo fim a exigência do diploma de Jornalismo – para o exercício da profissão – é coerente. Coerente com a realidade do país. Este é um país onde educação nunca foi prioridade, onde o incentivo a leitura é preocupação de poucos e livro é um artigo de luxo.
Fiquei pensando na justificava de vosso voto "É fácil perceber que formação específica em curso não é meio idôneo suficiente para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros", (...) "um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área" (...) e me perguntei: será que o senhor pensa a mesma coisa em relação à medicina, à engenharia, à advocacia e tantas outras profissões?
Será senhor ministro, que qualquer pessoa bem informada, com facilidade para tomar decisões, fazer julgamentos, pode ser ministro do STF? Será que um apaixonado por anatomia pode exercer a medicina, sem o diploma e o registro no CRM?
Ocorreu-me, agora, que os apenados são grandes conhecedores do código penal, portanto, poderiam eles exercer a função de defensores públicos? Meu bom senso diz que não. Uma pergunta não quer calar. Os senhores entregariam suas vidas nas mãos de curandeiros? Seus dentes a um prático? Nada contra estes profissionais, apenas quero lembrar que o exercício de uma profissão, seja ela qual for, deveria ser exercida por pessoas com conhecimento teórico e formação específica. E, não vejo nisso, nada de ‘anormal’. Ao contrário, seria algo bem natural se a educação fosse respeitada, priorizada.
O senhor afirmou que “O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada”. Concordo que jornalismo e liberdade de expressão precisam caminhar juntos. Entretanto, acredito que a liberdade de expressão, algo tão caro ao exercício do jornalismo e a todo cidadão, não pode, em meu entendimento, ser usada como uma arma contra a regulamentação do exercício desta ou qualquer outra profissão. A liberdade de expressão é, ou deveria ser, intrínseco ao exercício da cidadania.
Expressar-se livremente é uma garantia constitucional. Assim como, o direito a educação, a saúde, a moradia, ao emprego e ao lazer. Garantias estas que o Estado não tem conseguido cumprir ao longo da história. Infelizmente. Sabe o que mais me deixou curiosa senhor ministro? A comparação que o senhor fez entre jornalistas e cozinheiros, chefes de cozinhas, para ser mais exata. Seria uma referência ao fato de que neste país tudo, ou quase tudo termina em pizza? Que presença de espírito o senhor teve ao usar esta metáfora! Parabéns senhor ministro por não nos deixar esquecer, nem por um minuto, que neste país há pouquíssimo espaço para quem sonha em construir um país sério, preocupado com a educação, o conhecimento.
Seus colegas acompanharam sua decisão e foram brilhantes em suas justificativas. Elogiaram o trabalho de muitos profissionais que, sem diploma, prestam relevantes serviços a imprensa nacional. Não posso negar. Eles existem, mas será que a presença de um diploma os tornariam profissionais menos competentes? A teoria não deve negar a prática, a experiência, mas o contrário também é verdadeiro. Sei que nenhuma formação acadêmica deixa ‘pronto’ o profissional, que só a experiência, o fazer de fato vai aprimorar os conhecimentos adquiridos nos bancos escolares, entretanto, negar o valor do conhecimento formal me parece fora de propósito.
A exigência do diploma para o exercício do jornalismo não é garantia de “cientificidade” nas notícias, não nos assegura reportagens “sem maquiagem”, não assevera jornais comprometidos com a verdade. Mas, como toda profissão, o jornalismo também, deveria ser exercido por pessoas da área, profissionais “formados” para isso, preparados, cientificamente, para este fim. Claro que, mesmo com diploma, continuaria havendo bons e maus jornalistas, como há bons e péssimos médicos, professores, cozinheiros, engenheiros, advogados. A formação acadêmica não é a senha do sucesso e da competência, mas deveria ser caminho obrigatório a ser percorrido em toda profissão.
Conhecimento nunca foi, ou não deveria ser, entrave para o exercício de qualquer profissão. Eu não acompanhei os detalhes desta luta, mas sei que havia muitos interesses em jogo. Esta não era apenas a luta pela exigência, ou não, do diploma. Não havia apenas jornalistas neste jogo de poder. Infelizmente.
Esta decisão, senhor ministro, não foi a derrota, apenas dos jornalistas, mas da educação de um modo geral. Como falar em crescimento, desenvolvimento e, em contrapartida, negar o valor de uma profissão regulamentada e exercida por profissionais habilitados? Vejo com tristeza a forma como as coisas acontecem em meu país. Sabe o que me ocorre, senhor ministro, que em vez de comparar o jornalismo com o ato maravilhoso de preparar alimentos o senhor poderia ter comparado ao exercício da política.
Esta é a única ‘profissão’, sim, porque política aqui é profissão, que não precisa diploma, qualquer um pode escolher o cargo público que quer exercer, juntar algum dinheiro, fazer uma boa propaganda e usar o poder que o voto lhe confere como bem quiser, inclusive votando leis contra este mesmo povo. E podem cometer crimes, a imunidade parlamentar lhes garante a ‘impunidade’. Alguns chegam lá com a preciosa ajuda dos órgãos de comunicação. Independente do diploma. Mesma nela há honrosas exceções, graças a Deus.
É senhor ministro, vossa decisão foi um balde de água fria na categoria, da qual não faço parte, mas acima de tudo foi uma agressão a quem acredita na educação, estou neste rol, na necessidade de uma formação acadêmica e/ou técnica para o exercício de qualquer profissão. Foi um incentivo aos que acreditam que poder e dinheiro resolvem tudo neste país. Lembrei da piada do menino que não queria estudar e respondendo a mãe que perguntou o que ele queria da vida ele respondeu: ser presidente da república. Desculpe a piada de mau gosto.
Mas, termino nossa conversa senhor ministro, agradecendo sua decisão. O senhor está coberto de razão. Para que mexer numa receita que está dando certo? Quem precisa ler clássicos, estudar grandes teóricos apenas para formar opiniões? Quem precisa perder anos numa academia aprendendo teorias para fazer parte de uma profissão, que de tão influente é considerada o quarto poder? Que já elegeu e derrubou presidente? Quem precisa perder noites de sono para aprender a fazer uma investigação séria em busca da verdade escondida em muitos interesses? Quem precisa de receita para fazer boas reportagens?
A experiência está ai mostrando, todo dia, os caminhos. Vou voltar a sua comparação. Fazer uma reportagem de sucesso é mesmo uma questão de saber escolher os ingredientes. Coloca-se um pouco de violência, sexo, incita-se um caso amoroso extraconjugal, uma boa dose de ‘achismo’, algumas gotas de dúvidas sobre a reputação de alguém e para finalizar uma porção de sensacionalismo. Agora é servir na dose certa, nos horários indicados. Está garantida a pizza, ops!, a reportagem. E quem precisa diplomar-se para fazer isso?
Desculpe senhor ministro, se entendi tudo errado. Pode ser falta de experiência e excesso de zelo com os conhecimentos acumulados ao longo dos anos nos bancos da faculdade.
Ângela Gurgel é graduada em Filosofia e em Ciências Sociais, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, (Uern) e é autora do livro “Ensaio Poético”, pela Coleção Mossoroense.
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Compartilhamos mais um ótimo texto do cronista Raimundo Antonio
UM RAIO CAI NA MESMA CABEÇA DUAS VEZES
rsouzalopes@hotmail.com
Tem coisas que acontecem que fica difícil o leitor acreditar no que se escreve. Mas, com toda a sinceridade do mundo, isso também ocorreu. De verdade. Sem tirar nem pôr.
É sabido que eu comentei, aqui, durante várias semanas, sobre uma viagem que fiz, na companhia de um colega professor, à capital do Estado. Nessas crônicas eu falei das manias, das esquisitices, dos vícios e, até das doenças que, nós, seres humanos vamos acumulando ao longo da vida.
Pois bem. Semana passada eu estava de saída para o centro da cidade quando a digníssima me pediu para eu comprar dois remédios para ela: um para a pressão e, o outro, uma pomada cicatrizante.
Como tinha que dar uma passada numa agência bancária local, procurei estacionar o mais perto possível dos dois locais (sabe como é: sol quente, ruas lotadas de gente indo e vindo, as calçadas obstruídas por tudo quanto é bugiganga – por camelôs e donos de lojas que, além de utilizarem seus espaços internos, ainda se acham no direito de colocarem os seus produtos nas calçadas, concorrendo diretamente com os ambulantes -; carros disputando o mesmo espaço que os pedestres...) e entrei, por acaso, numa farmácia que não era a que eu costumo frequentar para compra de medicamentos (Alto lá! Não sou adepto das capsulazinhas coloridas, dos comprimidinhos multicores, das pastilhazinhas redondinhas que se parecem com aqueles saborosos dropes de morangos – entro e compro apenas porque faço um favor à minha querida sogra com seus medicamentos mensais).
Pois bem. Entrei na farmácia. Estava lotada. Tirei do meu bolso o papel, onde estavam escritos os nomes dos dois remédios que queria, e o li para a vendedora.
Ao meu lado, um jovem rapaz atlético, bem vestido, de óculos escuros no rosto, aparentemente, uma pessoa comum, saudável, de cotidiano simples, como todos ali.
- Esta pomada é muito boa, disse ele. É tiro e queda. Cicatriza na hora!
Olhei-o, de soslaio, e acenei com a cabeça, concordando, apenas como uma demonstração de educação.
- Inclusive, continuou ele, eu sofri uma cirurgia nos testículos, há cerca de dois meses, e tive um problema de quebra de pontos. Se não fosse essa pomada, eu tinha voltado para a mesa de cirurgia para ser ponteado novamente. Colou mesmo, disse num tom entre eufórico e vibrante.
- Testículos? – Interroguei.
- Hidrocele testicular, arrematou. É o acumulo de fluido límpido dentro da membrana que contém o testículo. Ficou enorme. Não podia nem andar.
Passei a olhar com mais atenção para o rapaz. Depois da experiência com o caro colega de profissão, eu achei que o raio não cairia na mesma cabeça duas vezes. Porém, ele nem me deu tempo para formar um diagnóstico preciso sobre sua pessoa.
- Mas, nem doía. Se não fosse pelo inchaço... Agora (nesse momento ele ficou mais perto de mim. Instintivamente, como fiz nas vezes anteriores, já me postei em posição de defesa), o que doía, de verdade, era o cisto que cresceu dentro dele. Esse, sim, doía demais! – Completou.
(continua)
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(continuação)
Para não parecer que estava começando a ficar com medo do papo, eu disse que nunca havia ouvido falar em hidrocele, mas sim, em varicocele.
- Já fui operado também, falou com uma ponta de orgulho. Duas incisões – uma de cada lado, disse ele, apontando para as duas laterais de sua cintura. No entanto, deu problema depois e, foi daí que veio a hidrocele.
Nesse momento, a balconista chegou com os dois medicamentos. Quando ele viu o remédio para a pressão, disse:
- Tomo um pela manhã, outro à noite.
Não me aguentei. Dei uma risada. E olha que eu não costumo rir com educação. É gargalhada mesmo. Depois, com medo de uma reação, pedi desculpas.
- Não se preocupe. Quando eu falo essas coisas a maioria das pessoas ri. Também não é pra menos. Veja, eu nem posso ficar em pé muito tempo. Sabe por quê?
Nem deu tempo perguntar. A resposta já veio antes que eu pudesse abrir a boca.
- Tenho um problema de circulação na perna direita e, na esquerda, a patela que faz a articulação do joelho se deslocou – com os exercícios de musculação – e agora estou com osteoartrose femuropatelar.
Depois dessa, não tive dúvidas: raio cai na mesma cabeça, sim! Para provocar, perguntei:
- Rapaz, só falta você me dizer que sofre de ansiedade...
- Tomava três comprimidos por dia para controlá-la. Hoje, graças à terapia, só tomo um, contou.
Não!? Mas... E Síndrome de pânico? – Cutuquei.
- Não saio à noite de forma alguma! Vivo sedado. Está vendo eu de óculos escuros? (Claro que estava vendo. Aliás, todo mundo dentro da loja, nessa hora, estava vendo e, também, ouvindo a nossa conversa, assim como, as minhas risadas homéricas). É uma proteção que encontrei para poder andar no meio das pessoas. Assim, de óculos escuros, penso que é um escudo, concluiu.
Rapaz, disse eu, você é uma figura, sabia? Mas, me diga: tem mais alguma outra doença?
- Um problema renal. Mas não é nada sério. A medicação que estou tomando está fazendo efeito.
Mais alguma? – Perguntei (A minha vez de passar no caixa tinha chegado e eu não queria continuar a conversa fora daquele ambiente. De forma alguma!).
Ele olhou para mim, pensou um pouco, e disse:
- Tenho insônia. Muita. Só para você ter uma idéia, já faz três dias que mal prego os olhos. E olha que não é falta de tomar comprimidos contra ela.
Finalmente fui liberado. Recebi os medicamentos, olhei para o jovem, despedi-me dele, desejando-lhe boa sorte e, quando estava saindo, ele ainda disse:
- Foi um prazer conversar com você! Olha, eu sou normal, viu?!
Raimundo Antonio é professor, escritor e acadêmico de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern)
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26/06/2009 |
Drenagem precária
A forte chuva registrada na tarde desta quinta-feira alagou ruas de Mossoró e complicou ainda mais o trânsito na cidade. A situação ficou mais delicada em vias do centro, Bairros Santo Antônio, Belo Horizonte e Alto da Conceição, mas o Bairro Nova Betânia também foi atingido. O centro ficou intransitável e águas alagaram calçadas e até o interior e algumas lojas. Na Rua João Marcelino, entre a Avenida Diocesana e o Colégio Diocesano, alguns veículos sofreram pane quando tentaram através a lagoa que se formou no local. Os tapumes que isolam as obras de construção do Hipermercado Bom Preço, na conhecida Lagoa do Bispo, dificultaram o escoamento das águas. É precário o sistema de drenagem em Mossoró.
No primeiro turno
Se as eleições para o governo do Estado do Rio Grande do Norte fossem hoje, a senadora Rosalba Ciarlini (Democratas) venceria no primeiro turno, com 62 por cento dos votos. Afirmação do radialista Givanildo Silva, no programa “RPC Debate”, apresentado na Rádio Tapuyo de Mossoró (1060 KHz), que integra a Rede Potiguar de Comunicação (RPC).
Cenário político
As composições político partidárias para as eleições estaduais de 2010 estão se delineando, com o vice-governador Iberê Ferreira como candidato situacionista, na sucessão da governadora Wilma de Faria. E a senadora Rosalba Ciarlini, pela oposição. O deputado federal Betinho Rosado fez a afirmação no programa “Cenário Político”, apresentado na TV Cabo Mossoró (TCM), canal 10. “Falta saber para que lado vão os Alves (liderados pelo senador Garibaldi Filho e deputado Henrique Alves)”.
Movimentos culturais
A TV Mossoró dedica ampla cobertura ao “Mossoró Cidade Junina”. Uma equipe composta por repórteres e cinegrafistas acompanha os principais momentos do evento promovido pela Prefeitura de Mossoró. Em se tratando de uma TV Educativa, seria interessante, também, que a emissora abrisse espaço para os movimentos culturais, a partir dos eventos realizados pelas escolas públicas de privadas.
Leitores do blog
Irileide Duarte e Valdeci Francisco da Silva, funcionários públicos, são leitores deste espaço.
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24/06/2009 |
Planejamento urbano
A estimativa da Prefeitura de Mossoró é que mil veículos circulem no centro da cidade como transportes alternativos. Esse número contribui para as dificuldades de fluxo no trânsito, a saturação do espaço urbano e a falta de estacionamento nas áreas centrais. Diante da situação, o município quer restringir a circulação desses automóveis no centro e pretende estabelecer pontos para os passageiros de outras cidades em locais periféricos. De acordo com fontes do blog, a medida será apenas mais um paliativo se a Prefeitura não realizar um planejamento que inclua a melhora dos transportes coletivos e a criação de espaços adequados para os alternativos, mesmo que seja em áreas periféricas.
Sem voz
A comerciante Maria Baracho disse, nesta quarta-feira, no programa FM Sete Horas, da Rádio FM Abolição (95 MHz), que a mídia de Mossoró não entrevista os barraqueiros estabelecidos no Mossoró Cidade Junina, pelo contrário, os profissionais dos veículos de comunicação fogem deles (barraqueiros), quando são procurados. Em entrevista ao apresentador Nazareno Martins, Maria Baracho afirmou que a cobertura se limita aos bastidores das bandas musicais e aos camarotes vips. Ela acrescentou também que em termos de vendas este é um dos anos mais difíceis do Mossoró Cidade Junina, para os pequenos barraqueiros.
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23/06/2009 |
Desigualdade perversa
A execução do menino Kelven José Soares de Carvalho, de 16 anos, por volta das 4 da tarde da segunda-feira, em Mossoró, pode ser um indicador da crescente desigualdade social em Mossoró, que permeia o avanço da criminalidade, sob o impulso do tráfego de drogas. Meninos que teriam uma vida pela frente estão se matando, num processo de antropofagia urbana.
O menino Kelven cortava o cabelo, num salão localizado na Avenida Presidente, Bairro Ilha de Santa Luzia, quando foi ferido por tiros a queima roupa, provavelmente disparados por outro jovem de, no máximo, 18 anos. Morreu a poucos metros do local, numa das vias comercialmente mais importantes da cidade, onde predomina o comércio de veículos novos e usados.
Segundo informações obtidas pelo blog, Kelven era morador da Rua Mestre Alpiniano, via paralela à Presidente Dutra e ao chamado Complexo Viário Vingt Rosado. Numa espécie de contraste com a Dutra, um dos metros quadrados comerciais mais caros de Mossoró, a Mestre Alpiniano é perpendicular a um dos braços do Rio Mossoró, que corta o Bairro Ilha de Santa Luzia, e se localiza numa das áreas mais pobres da cidade, marcada por problemas sociais como o desemprego.
A Avenida Presidente Dutra é uma espécie de “cortina de prosperidade”, que esconde um mar de mazelas sociais. A Rua Mestre Alpiniano é um exemplo de extrato urbano que abriga moradores, em sua maioria, afligidos pelas dificuldades para oferecer o mínimo a seus filhos, como alimentação de qualidade, educação e assistência à saúde.
Dessa forma, constitui-se um terreno apropriado para o estabelecimento da criminalidade. Meninos como Kelven vivem e morrem num ambiente em que o tráfego de drogas suga jovens para transformá-los em seus tentáculos. Da mesma forma que os atrai para cumprir suas finalidades, descarta os meninos quando não os considera úteis a seus propósitos maléficos. Inclusive tirando-lhes a vida.
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Espaço urbano
Nas ruas de Mossoró, os agentes da Gerência de Trânsito (Getran). Eles vieram para cumprir uma missão impossível: disciplinar o tráfego urbano. Somam-se à outra medida anunciada. Os transportes alternativos longe do centro da cidade e adjacências. Porque o espaço urbano e o trânsito em Mossoró estão saturados, à beira de um colapso. Difícil alguém estacionar até uma motocicleta, por falta de espaço.
De volta à cena
O ex-prefeito de Governador Dix-sept Rosado, oposicionista Adail Vale, foi visto na semana passada, numa farmácia, no centro de Mossoró, depois do resultado em que a atual prefeita, Lanice Ferreira, venceu duas ações movidas na Justiça por seus adversários.
Em Camboriú
O mossoroense Lucier Freitas é professor de Teologia numa escola da Assembleia de Deus e dos Gideões Missionários da Última Hora, em Camboriú, Estado de Santa Catarina. Há cinco anos, Lucier saiu de Mossoró, em uma motocicleta, com destino àquela cidade.
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sábado, 18 de novembro de 2017
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